Revisitando
Vivemos mil vezes cenas revisitadas, e, quando inéditas, são um prefácio das próximas revisitas...Nem imaginamos e nosso passo inédito, tão longe de tudo o que já foi vivido, tão em compasso com outro tempo da vida, é o mesmo passo, mesmo ritmo, mesmo impulso. E ainda assim, soando tão diferente...Por onde se anda afinal? Revisitamos por vontade, revisitamos por configuração, revisitamos sem saber...? Seremos os mesmos da cena primeira - a origem das revisitas? Ou somos a melhor cópia, revisitando a cena , já conhecendo o epílogo...?
A cena revisitada continua a mesma. O cheiro é o mesmo, o estilo literário ainda é o mesmo. Sabemos disso, e revisitamos outras e outras vezes, em outros lugares, com fundo musical e figurinos adaptados. E a cena revisitada continua a mesma. Olhamos em volta, buscando lá longe algum traço de modernidade, algum momento de surpresa, tudo tão diferente...e tudo igual.
...E então...Revisitamos para mudar o epílogo, ou justamente por apreciarmos o anterior...? Fazemos incríveis descobertas , e, na primeira oportunidade, pagamos uma excursão à cena revisitada, como expectadores de nós mesmos num tempo outro, ainda antes de qualquer descoberta, virgens dos olhos de agora. E, na revisita, mexemos em coisas, mudamos prefácio, seqüência e epílogo, burilamos a cena revisitada, tentativa de torná-la tão melhor como nós estamos... Ao tentar mexer, nos encontramos com nossos originais, nos vemos neles até...
E la´estamos nós, de novo.
Betina Mariante Cardoso 21/09/03
Vivemos mil vezes cenas revisitadas, e, quando inéditas, são um prefácio das próximas revisitas...Nem imaginamos e nosso passo inédito, tão longe de tudo o que já foi vivido, tão em compasso com outro tempo da vida, é o mesmo passo, mesmo ritmo, mesmo impulso. E ainda assim, soando tão diferente...Por onde se anda afinal? Revisitamos por vontade, revisitamos por configuração, revisitamos sem saber...? Seremos os mesmos da cena primeira - a origem das revisitas? Ou somos a melhor cópia, revisitando a cena , já conhecendo o epílogo...?
A cena revisitada continua a mesma. O cheiro é o mesmo, o estilo literário ainda é o mesmo. Sabemos disso, e revisitamos outras e outras vezes, em outros lugares, com fundo musical e figurinos adaptados. E a cena revisitada continua a mesma. Olhamos em volta, buscando lá longe algum traço de modernidade, algum momento de surpresa, tudo tão diferente...e tudo igual.
...E então...Revisitamos para mudar o epílogo, ou justamente por apreciarmos o anterior...? Fazemos incríveis descobertas , e, na primeira oportunidade, pagamos uma excursão à cena revisitada, como expectadores de nós mesmos num tempo outro, ainda antes de qualquer descoberta, virgens dos olhos de agora. E, na revisita, mexemos em coisas, mudamos prefácio, seqüência e epílogo, burilamos a cena revisitada, tentativa de torná-la tão melhor como nós estamos... Ao tentar mexer, nos encontramos com nossos originais, nos vemos neles até...
E la´estamos nós, de novo.
Betina Mariante Cardoso 21/09/03
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