Saturday, July 08, 2006

Tedioso adentrar o branco da página, ficar em branco também. Sem assunto. Busco palavras. Parágrafos. Não são conto, crônica, romance. Palavras. Em branco. Caminho pela folha, percorro labirintos cá e lá. Labirintos em branco. Palavras em branco. E então, a escrita. O branco.
Betina Mariante Cardoso

1 comment:

Anonymous said...

Oi:
encontrei este poema e um um blog e achei q irias gostar!!
Bjs,
Anna


Poema do Agradecimento

A quem, ao quê, devo agradecer este milagre de tudo me ser palavras?
É mais que apenas a vida de viver, amor, escrever.
É perceber de canções, sargaços, destroços, pedaços.
Bocados de língua: como biopsias.
Enrola a onda seu mar interior, cardumada de peixes barbatanantes.
Filtra o cine-sol seu auditório de folhedo, pássaros maquinistas pilram a banda sonora: o mundo melhora.
Eu quero agradecer as palavras todas, mas não sei ao quê, a quem.
Agradeço-as às mesmas palavras, enfim.[...]