Monday, December 31, 2007

Hoje me importa que tenha sol. E céu azul. Algum vento, que a poeira dos acontecimentos se esvaia. E uma brisa leve, curativo do tempo. Algum espanto, sossego, núvem aqui e acolá. Mas sol, sempre o sol. Que nos veste, nos brilha, perene imensidão de amarelos.

Para que amanhã possamos ensolarar o ano que nasce, puro de expectativas e silêncios bons- feito céu azul-, de horizontes longos ultrapassando nossos confins. Um ano que nasce sorrindo.

Feliz Dia!

Friday, December 07, 2007

Durmo sem saber se chove amanhã. Sem saber nada de amanhã. Se o sol aparece à tarde, pra confortar minha sombra. Nada. Durmo assim, em silêncio, pra acordar. E se virão pingos ou raios de luz ou de tempestade ou céu carregado de mormaço ou azul. Durmo assim. Na incessante incógnita da próxima janela. E se é caso de ventar, que vente: acordo com o som de sua passagem, com sua insanidade. Inconstância do vento. Inconstância de mim. Dormir com céu estrelado e acordar com barulho de chuva é coisa de intempérie, mesmo. Eu. Mas não sei se tem quem cuide se amanhã muda o tempo, fico achando que só eu presto atenção nessas sandices. Me finjo quieta como o silêncio do céu escuro, por dentro chovo a cântaros, sinto o friozinho da água escorregando em mim, sem descanso. E água dói. Fecho e abro os olhos, e mudou o dia. Esqueço quem sou na chuva, quando tem sol; quem sou no sol, quando tem chuva. Mas que graça tem isso de saber? O clima muda, mesmo...Acordo amanhã, e nova surpresa.
Betina Mariante Cardoso
Dez/2007

Saturday, December 01, 2007

E eis que dezembro anuncia seus passos, me induz a prosseguir por labirintos infindos, me insinua nas janelas do dia. E esqueci que dezembro é insano...Numa lógia própria, risco o chão a giz, feito amarelhinha, saltando de um quadrado a outro, em melodia particular. Esqueço de ter cautela, que a aventura é mais risonha.
E eis que um novo ano vem chegando, e o sol tem colorido a transição.